Entre sertão e veredas. Entre o vau e o vão. Entre buritizais e secura. Entre as areias fofas sem fim e a terra Rosa infinita. Entre o calor do sol e a incorporação da sombra. Entre as sementes duras e os troncos retorcidos. Entre as belezas e a tristeza. Entre a agricultura familiar e o agronegócio. Entre a luta e a resistência. Entre o povo e o cerrado. Entre Sagarana e Chapada Gaúcha. Entre o Ser e o Tão.
Na travessia, eu atravesso o Sertão. E Ser-tão também me atravessa.
O Sertão é Entre, e travessia é Ser. Por estar Entre, eu me tornei Ser-tão.
Existe algo de inexprimível no ser, e há uma beleza no indizível.
Como já dizia Rosa, o real se dispõe é no meio da travessia.
um Entre que é Diadorim, é plural, é subjetivo, é inominável, é Ser, é agora, é em todos e é em mim. E é desabrochar da Travessia.
ser entre é entregar-se
entrego-me
*Fruto da vivência na IV Edição do O Caminho do Sertão
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